Você sabia que os cupins vivem em um reinado?

Reis, rainhas e operários são alguns dos integrantes do reino dos cupins. Reino? É, você não leu errado. Os cupins vivem em colônias onde as tarefas são distribuídas como em um palácio real. Vejamos...

À rainha e ao rei não cabem trabalhos cansativos como os que são atribuídos aos seus súditos. O casal tem como função reproduzir, gerar filhotes. Quando a rainha é fecundada, seu abdome cresce de dois a três milímetros e ela pode pôr dois ovos por minuto! No final do dia, ela chega a colocar de 20 mil a 30 mil ovos. Reis e rainhas costumam viver de 15 a 45 anos. Na colônia, somente o casal real apresenta olhos, os demais indivíduos se guiam pelo olfato. Mais uma curiosidade: o rei é menor que os demais cupins e apresenta cor escura. 

Mas quem zela pelos ovos da realeza, que ficam incubados por cerca de duas semanas? Isso já é trabalho de cupim-operário, assim como a perfuração de madeira e a busca e o armazenamento de alimento para os demais membros da colônia.  Ah, sim: a construção, a reparação, a expansão e a limpeza do ninho também ficam por conta deles, além da eliminação de indivíduos adoecidos ou mortos e os cuidados com os recém-nascidos. Ufa!

Como os operários têm muito a fazer e a segurança do cupinzeiro não pode ser comprometida, há, ainda, os cupins-soldados, que protegem o ninho contra outros animais que possam ameaçar o local. Suas mandíbulas são maiores e mais fortes que as dos demais cupins, e eles têm grande força na cabeça. Fora isso, os soldados produzem uma secreção tóxica para usar contra qualquer invasor. 

Mas como é que nascem soldados, operários, reis e rainhas? Na verdade, a ninfa – larva do cupim – não tem identidade definida. Depois de saírem dos ovos, elas se alimentam e se desenvolvem por cerca de duas semanas, quando, então, se revelam soldados, operários ou alados, que são cupins destinados à reprodução, aqueles que podem dar origem a uma nova colônia. Esses cupins com asas, quando estão prontos, voam em busca de um local para construir um novo ninho, tornando-se novos reis e rainhas.