Pedaços de foguetes, ferramentas, satélites em desuso e até – sinto muito, mas é preciso dizer – cocô e xixi congelados de astronauta giram em torno da Terra. Sim, isso é o que se chama lixo espacial!
A maior parte desse lixo, vale ressaltar, é resultante da explosão acidental de satélites, que os faz em pedacinhos. Para você ter uma idéia, mais de 120 eventos desse tipo já foram detectados pela NASA – a Agência Espacial Americana – e acredita-se que esse número pode ser bem maior.
Alguns satélites também são deliberadamente destruídos. Como foi, por exemplo, o caso do teste de um míssil chinês realizado em 2007. Ele foi lançado com o objetivo de atingir um satélite que estava em desuso. Todo o material resultante da destruição – pedaços do satélite e do míssil – continua na órbita da Terra. Podem ocorrer, também, colisões entre o material abandonado no espaço, gerando ainda mais fragmentos.
É importante destacar que a maior parte do lixo espacial orbita a menos de dois mil quilômetros de distância da superfície da Terra, tornando-se um risco para os novos lançamentos que são realizados, dado que quase todas as missões tripuladas ficam abaixo dessa altitude. Já existem até alguns casos de colisão desses objetos com naves tripuladas, ainda bem poucos, mas que já foram registrados. Um perigo a mais para os astronautas.
Para minimizar o problema, já se imagina produzir uma lixeira espacial com o objetivo de recolher esse material abandonado. Ela seria composta por satélites com capacidade de coletar o lixo abandonado no espaço. Já há uma lixeira desse tipo em funcionamento na Estação Espacial Internacional, é a nave automática russa
Progress,responsável por levar periodicamente suprimentos para a estação e, no retorno para a Terra, trazer o lixo produzido lá.