A fita dupla que forma o DNA está dividida em vários segmentos. Estes grupos de elementos, ou trechos de DNA, são chamados genes. Os elementos de cada gene trabalham fabricando proteínas, que são os componentes que fazem o nosso corpo por dentro e por fora como os tijolos fazem uma casa. Assim, temos genes responsáveis pela produção de anticorpos -- as proteínas que defendem nosso organismo de agentes invasores, como bactérias, vírus e fungos; genes responsáveis pela produção de melanina -- a proteína que influencia na cor da nossa pele; genes responsáveis pela produção de insulina -- proteína que controla os níveis de açúcar no sangue; entre milhares de outros.
Para que o corpo dos seres vivos funcione perfeitamente,os genes precisam cumprir suas funções. Uma falha no gene que produz a melanina, por exemplo, pode fazer com que o ser humano nasça sem pigmentação na pele e nos cabelos. Este é o caso dos albinos, pessoas com falha genética na produção de melanina. Entre os humanos existem doenças graves ligadas a defeitos nos genes.
O DNA tem segmentos iguaizinhos aos genes que não fabricam proteína, não têm função. Alguns cientistas chamam estas partes de lixo genético.
Os genes também são responsáveis por características mais evidentes. Quem nunca ouviu exclamações do tipo: "É a cara da mãe!" ou "Tem a covinha no queixo igual à do pai!" e tantas outras semelhantes. Nada mais natural. Afinal de contas, o código que trazemos no núcleo de todas as nossas células é resultado da combinação de genes que recebemos do nosso pai e da nossa mãe.
Como assim? Bem, você deve saber que viemos de uma única célula, a célula-ovo, que se dividiu inúmeras vezes até que estivéssemos prontos para nascer. E a célula-ovo resulta de quê? Do encontro da célula reprodutora masculina (no caso, espermatozóide), que continha genes do seu pai, com a célula reprodutora feminina (óvulo), que continha genes da sua mãe.
Desta forma, nosso DNA é a combinação de genes do nosso pai com genes da nossa mãe. E como o DNA contém as características físicas dos indivíduos... Herdamos a covinha, o formato de boca, a dobrinha na orelha etc. etc. etc. dos seres que nos deram origem.
Vale dizer também que não somos exatamente meio a meio pai e mãe. Somos uma combinação de códigos de um e de outro e isso faz com que possamos desenvolver características próprias.
Outro ponto a ressaltar é que, como os seres resultam de combinações de DNA, não existe ser vivo com DNA igual ao de outro. Só há uma situação em que dois ou mais seres podem ser considerados cópias naturais: é o caso dos gêmeos idênticos. Isso acontece quando a célula-ovo, que daria origem a um indivíduo, se divide formando dois (ou mais!) embriões. Como esses irmãos tiveram origem na mesma célula, eles terão o mesmo DNA, o que os faz fisicamente idênticos.