1. O primeiro passo para produzir o soro é extrair a peçonha da serpente. Aperta-se com as mãos ou dá-se um choque fraco nas glândulas da cabeça da cobra. A pressão dos dedos ou a corrente elétrica provoca a saída do veneno. 

2. A água do veneno é retirada para transformá-lo em pó. Pequena quantidade do veneno é diluída e injetada no cavalo.

(Gráfico: Marcelo Araújo).

3. O organismo do cavalo produz anticorpos contra o veneno de cobra. O soro é constituído por anticorpos extraídos do sangue do cavalo. A peçonha de cada grupo de serpentes induz a produção de anticorpos diferentes. Por isso, há um soro específico para tratar a intoxicação provocada pela peçonha de cada grupo de serpentes. (Os anticorpos atuam na defesa do corpo e são gerados quando uma substância estranha entra nele.) 

4. Retiram-se pequenas porções de sangue do cavalo para medir a quantidade de anticorpos. Quando ela for suficiente, cerca de quinze litros de sangue serão recolhidos. 

5. Por métodos especiais, separa-se a parte líquida do sangue -- o plasma, onde estão os anticorpos -- da parte sólida, formada por glóbulos brancos e glóbulos vermelhos (ou hemácias). 

6. As hemácias são devolvidas ao organismo do cavalo, evitando que ele fique anêmico. O animal irá descansar por cerca de 35 dias. 

7. O plasma do sangue do cavalo é submetido a um processo de purificação. Livre de qualquer impureza, ele vira soro e está pronto para salvar vidas!