Como funciona a fabricação do dinheiro?

Se a pergunta do título fez você pensar que poderá abrir a sua própria fábrica de dinheiro, pode ir tirando o seu cofre de porquinho da chuva. Saiba que, para ter valor, o dinheiro somente pode ser fabricado com autorização oficial. Ou seja: apenas o Banco Central do Brasil, órgão responsável pelo controle da emissão e da circulação do dinheiro brasileiro, determina a quantidade de cédulas e moedas a serem produzidas durante um ano. E quem fabrica a grana...? A Casa da Moeda! 

Quando o pedido do Banco Central chega à Casa da Moeda é que a produção começa de fato. Ali, as matrizes são confeccionas. No caso das cédulas, as matrizes são as chapas de impressão; no das moedas, os cunhos, que são discos de metal.

Caiu no real, digo, na real? Então vamos entender melhor a produção das cédulas. Em primeiro lugar, o papel moeda - o papel das cédulas - já chega à Casa da Moeda com alguns itens de segurança, como marca d’água (aquele desenho que a gente vê colocando a nota contra a luz) e fios de segurança magnéticos. Esse papel especial e as matrizes seguem, então, para a parte da fabricação, onde são impressos os fundos de segurança e o registro coincidente. O que é isso? São marcas e desenhos que asseguram que o dinheiro é de verdade, como a estrela dentro do círculo que há dos dois lados, e na mesma direção, em todas as notas. Em seguida, vem a impressão em relevo, quando é inserida a imagem latente (esta é mais difícil de ver!), como as letras B e C (de Banco Central) no canto inferior esquerdo. Depois, o trabalho todo é inspecionado por especialistas para garantir a qualidade do produto. Pronto? Que nada! As notas ainda têm de passar pela impressão tipográfica, que é a colocação das assinaturas do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco Central. Por fim, elas são numeradas, cortadas e separadas. Agora sim!

As moedas também dão bastante trabalho. Elas são feitas de aço e boa parte é tratada por uma composição química chamada eletrodeposição, que lhes dá coloração avermelhadas (cobre) ou douradas (bronze). Em seguida, os discos já coloridos (e, também, os que permanecem em aço puro – as cor de prata) passam por uma inspeção de qualidade e seguem para a cunhagem, ou seja, são prensados e recebem as marcas que asseguram a validade. Depois, elas são embaladas automaticamente por três tipos de máquinas, que também as contam e aí... Finalmente, o dinheiro está pronto!